VIVÊNCIA COMUNITARIA
A vida em comunidade é o melhor antídoto contra
a força corrosiva do individualismo prepotente, contra
a desintegração social dos interesses corporativistas,
sendo ainda a melhor defesa contra o fundamentalismo reducionista
no exercício do poder, cujo sistema monolítico gera
exclusão (bárbaros, diferentes, incapazes, pagãos,
estrangeiros, mulheres, hereges, marginais, pobres, crianças,
indígenas, idosos, doentes, etnias etc).
De fato, a vivência comunitária
baseada na participação e ligada aos objetivos de
uma crescente comunhão, supera o individualismo e o liberalismo
por relações interpessoais sólidas, pelo
esforço de partilhar valores e problemas, por suscitar
lealdade coletiva e respeito à tradição e
por sustentar sentimentos de compromisso, solidariedade e ternura.
Dessa forma, desenvolve a política do
bem comum, socializa crianças e jovens, dá solidez
à família, supre carências e controla a violência.
Ao mesmo tempo, adota a política de direitos sem fazer
da identidade coletiva uma homogeneidade, pois não impõe
bitola nem faz todos acreditar obrigatoriamente nas mesmas coisas.
Sobretudo, enfrenta os problemas e busca soluções
mediante o engajamento de todos e, suscitando crítica,
faz o crítico ocupar o seu lugar no palco da história.
Frei Cláudio Van Balen
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